Presidente de Comissão da CMS Ireuda Silva traz reflexões no Setembro Amarelo
A campanha Setembro
Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio, traz reflexões urgentes sobre um
problema de saúde pública que tem crescido no Brasil, especialmente entre os
jovens. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2016 e 2021, houve um
aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos,
chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos,
alcançando 1,33 por 100 mil.
A vereadora Ireuda Silva
(Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na
Câmara Municipal de Salvador, destacou a gravidade da situação e a importância
de políticas públicas voltadas para a saúde mental. “Estamos falando de um fenômeno
complexo, que atinge diferentes idades, gêneros e classes sociais. O suicídio é
hoje a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, depois de
acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. É fundamental que
a sociedade trate esse tema com seriedade, sem preconceito e sem tabu”,
afirmou.
Segundo os números
oficiais, as taxas de suicídio variam conforme gênero e contexto
socioeconômico. No Brasil, 12,6 homens a cada 100 mil morrem por suicídio,
contra 5,4 mulheres. “Esses dados mostram que precisamos de políticas
específicas para diferentes públicos, considerando que homens e mulheres
vivenciam realidades distintas. Também precisamos avançar em ações que alcancem
os jovens, que têm sido duramente impactados por esse problema”, ressaltou
Ireuda.
A vereadora lembrou ainda
que a prevenção depende de uma rede de apoio sólida, que envolve família,
escola, igrejas, profissionais de saúde e o poder público. “O silêncio pode ser
fatal. Precisamos criar espaços de escuta e acolhimento, fortalecer os serviços
de saúde mental e combater o estigma que ainda existe em torno das doenças
emocionais. O Setembro Amarelo é um chamado para todos nós”, concluiu.
