Auxílio Gás será ampliado para botijão ser acessível em todo o país
O governo federal lançará,
na semana que vem, um programa para reformular o Auxílio Gás. A ideia
é garantir, às famílias de baixa renda, o acesso ao botijão de gás de
cozinha (GLP), em vez de apenas transferir um valor baseado no preço médio
nacional.
A proposta foi adiantada
pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira (27),
durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa
Brasil de Comunicação (EBC).
“O programa está pronto e
será lançado na semana que vem. Ele vai crescer gradualmente. Em março, chegará
a 15,5 milhões de famílias [mais de 46 milhões de pessoas]”, disse o
ministro.
O benefício
é destinado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda
igual ou inferior a meio salário mínimo. Atualmente, são contempladas cerca de
5,6 milhões de famílias, número que, segundo o governo, deverá chegar a mais de
20 milhões. Para o ano que vem, estão previstos R$ 13,6 bilhões em
recursos.
Cada família beneficiada
recebe, no modelo atual, R$ 108 a cada dois meses. O valor corresponde a
100% do preço médio do botijão de gás de cozinha (GLP) de 13kg. Com a
mudança, as famílias ganharão um vale crédito, explica o ministro
“Elas [as famílias]
receberão uma espécie de vale crédito [a ser usado em distribuidoras
cadastradas de revenda] para comprar o gás, bastando apresentar o CPF”,
destacou o ministro:
Preço varia de acordo com
a região
No modelo atual, o
benefício é apenas um subsídio financeiro. O problema, segundo o ministro, é
que esse valor fixo, que supostamente equivaleria à média do preço nacional,
não é suficiente para comprar o botijão de gás em muitos casos.
Segundo Rui Costa, há
localidades onde o preço cobrado pelo botijão de gás está R$ 60 acima do valor
médio.
“Estamos falando de um
valor médio, no Brasil, entre R$ 105 e R$ 109 o botijão, sendo que ele é
vendido em algumas localidades a R$ 160 ou R$ 170. Há uma disparidade muito
grande de preço, a depender da distância; da localização da cidade; da região”,
argumentou.
“O que o governo vai
fazer, portanto, é entregar o botijão às pessoas. Com isso, além dos efeitos
econômicos de possibilitar que a pessoa tenha dignidade para cozinhar seus
alimentos, vamos reduzir muito o índice de queimaduras de crianças e mulheres
em acidentes domésticos que, na busca por alternativas ao botijão de gás, usam
líquidos como álcool para cozinhar”, complementou.
