Secretário de Segurança da Bahia fala sobre a investigação de desvio de armas por policiais

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, concedeu entrevista nesta terça (12) sobre a investigação envolvendo um esquema de desvio de armas por policiais. Em vídeo, ele afirmou que a Secretaria não tolera desvios de conduta e que todas as denúncias contra agentes são rigorosamente apuradas, com operações em andamento para identificar responsáveis.

A investigação teve início após a apreensão de armas em julho, quando foram encontradas submetralhadora, fuzis e munições em um matagal em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O Ministério Público e a corregedoria da Polícia Civil apontaram que pelo menos 20 armas, incluindo pistolas, estavam escondidas no local e que policiais teriam retido parte desse armamento ilegal.

Entre os denunciados estão o capitão Roque de Jesus Dórea, o soldado Ernesto Nilton Nery e o ex-policial Jorge Adisson Santos da Cruz, além de outros envolvidos ou testemunhas, como o cabo Tibério do Vale Alencar e o delegado Nilton Tormes. A denúncia detalha que o grupo, formado por policiais civis e militares, participou de uma operação que encontrou o esconderijo pertencente a uma facção criminosa.

Segundo depoimentos, a ação policial foi coordenada após informações obtidas durante uma operação anterior, com envolvimento da alta cúpula da Polícia Civil. O grupo seguiu até o local sem chamar atenção, localizou as armas enterradas em um tonel e recolheu o material para uma viatura. No entanto, não há consenso entre os investigados sobre a quantidade exata de armas apreendidas.

As defesas dos policiais citados optaram por não se manifestar detalhadamente nos autos do processo, enquanto o cabo Tibério Alencar negou as acusações e afirmou ter cumprido seu dever constitucional. A Secretaria de Segurança Pública reforça que as apurações continuam em segredo de Justiça, com o objetivo de garantir a transparência e a justiça no caso.

 

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