Secult e Cachoeira celebram convênio para restauro sacro
Iniciativa atende a um
pedido da Igreja Católica e da gestão municipal, e garantirá a execução do
serviço ao longo dos próximos seis meses
A Secretaria de Cultura
(SecultBA), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac),
firmou uma parceria com a Prefeitura de Cachoeira para restaurar imagens sacras
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. A iniciativa atende a um pedido da Igreja
Católica e da gestão municipal, e garantirá a execução do serviço ao longo dos
próximos seis meses.
A cerimônia de assinatura
do Termo de Cooperação aconteceu na terça-feira (22), na sede do Ipac, no
Pelourinho, em Salvador. O documento prevê ações de restauração, conservação e
posterior exposição do acervo da paróquia. A equipe técnica do instituto será
responsável pelo restauro de quatro imagens da Igreja Matriz de Nossa Senhora
do Rosário, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan). Entre elas, destacam-se as esculturas em tamanho natural de Nossa
Senhora do Rosário, com 1,59m de altura, e de São José, com 1,64m.
Para o secretário de
Cultura do Estado da Bahia, Bruno Monteiro, a iniciativa reforça o papel do
Estado na valorização da memória e da identidade cultural baiana. “Esse
patrimônio tão importante da nossa heroica cidade de Cachoeira representa a
força da nossa história. A assinatura desse termo reafirma o nosso compromisso
com a preservação da memória e da cultura que tanto agregam valor a Cachoeira”,
declarou.
O secretário acrescentou
que o processo será realizado com total acompanhamento institucional:
“Assumimos também o compromisso de registrar e acompanhar publicamente todas as
etapas da restauração, garantindo transparência e catalogando cada ação executada.
É uma responsabilidade que assumimos com as atuais e futuras gerações”.
A restauração será
executada por duas equipes do Ipac, que se revezarão no município a cada 15
dias. O instituto será responsável por acompanhar e fiscalizar a execução do
trabalho, além de fornecer os insumos e Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) necessários. Antes do início do restauro, os técnicos irão montar um
canteiro de obras, realizar a higienização e o preparo das peças.
De acordo com o
diretor-geral do Ipac, Marcelo Lemos, a ação em Cachoeira integra uma política
mais ampla de colaboração entre o instituto e prefeituras baianas para a
recuperação de bens culturais.
“É uma cooperação que nós
realizamos com diversos municípios para a recuperação de obras de arte e
imagens sacras. Já desenvolvemos trabalhos semelhantes em outros territórios,
como em Banzaê. No caso de Cachoeira, são obras da Igreja do Rosário, dedicada
à padroeira da cidade. A ideia é que a recuperação dure cerca de seis meses.
Esperamos que até outubro, mês da festa da padroeira, consigamos entregar o
trabalho concluído”, afirmou.
A prefeita de Cachoeira,
Eliana Gonzaga, destacou a importância simbólica e histórica da ação para a
comunidade. “Considero que a assinatura desse acordo é o pontapé inicial para a
restauração de outras imagens sacras de Cachoeira. É um passo importante na
preservação do nosso patrimônio e da nossa fé”, celebrou.
PATRIMÔNIO – As
imagens apresentam sinais evidentes de deterioração, provocados pela ação do
tempo, umidade e desgaste natural. A intervenção foi considerada essencial para
garantir a preservação do acervo cultural e religioso da igreja, símbolo de fé
e identidade para a população cachoeirana. Além das imagens de Nossa Senhora do
Rosário e de São José, serão restauradas também duas esculturas do Menino
Jesus.
A construção da Igreja de
Nossa Senhora do Rosário teve início no fim do século XVII e foi concluída em
1750. Com arquitetura barroca, o templo foi tombado pelo Iphan em 1939 e
permanece como um dos mais importantes marcos históricos e religiosos da cidade
de Cachoeira
