Segundo dia da Cacauicultura 4.0 reforça conexões e promove imersão em conhecimento técnico no Cerrado Baiano
O segundo dia da Cacauicultura 4.0
foi marcado por troca de experiências, palestras técnicas, debates e painéis
que reuniram produtores, especialistas e pesquisadores de diversos países e
estados brasileiros, em pleno Cerrado baiano. O foco das discussões foi a
construção de uma cacauicultura mais moderna, produtiva e sustentável. Entre os
principais temas abordados estiveram o cultivo regenerativo, o manejo integrado
de pragas, inovações tecnológicas e as novas exigências do mercado
internacional.
O coordenador-geral de Pesquisa e
Inovação da Ceplac, Paulo Marrocos, destacou o papel da pesquisa científica
para o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau e a importância da
aproximação com instituições de ensino. “A pesquisa é essencial para o fortalecimento
estratégico da produção de cacau. O mundo vê o Brasil como um sistema robusto,
e isso reforça a necessidade de firmar parcerias sólidas com universidades.
Elas ampliam as possibilidades de inovação e consolidação da cadeia. Para nós,
da Ceplac, é uma honra participar mais uma vez desse evento e contribuir com as
diretrizes estratégicas da cacauicultura”, afirmou.
Painéis ampliam visão sobre
produtividade e mercado
Além das palestras, o público
acompanhou painéis com produtores, consultores e pesquisadores que discutiram
caminhos para o aumento da produtividade e a resiliência da cultura, a partir
da junção entre ciência, manejo e experiência prática.
Em uma das mesas, o debate se
concentrou no perfil de cacau desejado pelo mercado global — com ênfase em
qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade — e contou com representantes da
indústria que trouxeram uma visão sobre as tendências e oportunidades do setor.
“É essencial promover a atualização
dos produtores sobre as melhores práticas e tecnologias. O cacau brasileiro tem
potencial para competir globalmente, e eventos como este são fundamentais para
alcançarmos esse nível”, avaliou o produtor e investidor Tal Bar Dor, da
empresa Peirot Agrobusiness. Ele já plantou 53 hectares de cacau no município de
Barra (BA), no Médio São Francisco e planeja dobrar a área em breve.
Estrutura, inovação e parcerias
A estrutura montada em Barreiras
atraiu a atenção dos participantes. Além das atividades no auditório, o espaço
reuniu estandes de empresas de tecnologia, fertilizantes, engenharia e
infraestrutura, além de marcas que ofereceram degustações e produtos derivados
do cacau. “Esta é nossa primeira participação na Cacauicultura 4.0, e
pretendemos manter essa parceria. Eventos como este são estratégicos para desenvolvermos
projetos de irrigação mais eficientes voltados à cultura do cacau”, comentou
Igor Lapa, consultor agronômico da Netafim.
O evento segue até este sábado (12),
quando será encerrado com um Dia de Campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão
das Neves (BA). A atividade promete consolidar a troca de experiências e o
acesso a técnicas mais avançadas de cultivo e processamento, fortalecendo ainda
mais a cultura do cacau no oeste da Bahia.
