Comissão de Infraestrutura da ALBA discute obras do VLT do Subúrbio de Salvador
A obra do VLT (Veículo
Leve sobre Trilhos) do Subúrbio de Salvador foi tema da audiência pública
realizada pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo na
Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Coube ao deputado Robinson Almeida
(PT), proponente da sessão, a liderança dos trabalhos, que contou com a
presença da secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira, da
presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Ana Cláudia Nascimento,
e do diretor de obras da CTB, Eracy Maciel, que fez uma exposição sobre o
projeto. Também compuseram a Mesa o ex-vereador Tiago Ferreira e lideranças do
Subúrbio Ferroviário.
O presidente da Comissão
de Infraestrutura, deputado Eduardo Salles (PP), abriu a audiência destacando a
importância do VLT do Subúrbio e de se trazer a discussão para dentro da
Assembleia. “
Sabemos que esse projeto
tem gerado expectativas, dúvidas e também preocupações legítimas. Por isso,
essa audiência proposta pelo deputado Robson Almeida é uma oportunidade para o
esclarecimento, contribuições e questionamentos. A comissão que presido acredita
no desenvolvimento econômico e na infraestrutura, sabendo que os dois devem
caminhar lado a lado com justiça social, respeito ao meio ambiente e
participação popular”, disse.
Em seguida, chefe do
colegiado passou o comando da Mesa a Robinson Almeida, que destacou a grandeza
do projeto, orçado em R$ 4,6 bilhões, com três ramos, e 36,4 km de extensão e
que será integrado aos modais do metrô e rodoviário. Ele disse que a obra se
soma a outras grandes intervenções urbanas na capital realizadas pelos governos
do PT, como as duas linhas do metrô e construção das Avenidas 29 de Março e Gal
Costa.
“Tem uma nova revolução na
cidade de Salvador, na mobilidade urbana. O governador Jerônimo
Rodrigues, além de levar o metrô até Águas Claras, inaugurado no início da sua
gestão, teve a coragem de chamar para si a responsabilidade de fazer o destrato
do contrato anterior (do VLT), que já não atendia as condições econômicas e
financeiras, e implementou essa obra pública de grande magnitude, que vai
integrar ali 600 mil pessoas que vivem naquela região”, disse Robinson.
Ele explicou ainda que o
VLT terá impacto sobre toda a população da capital. “Não é o VLT do subúrbio,
como nós colocamos na chamada. Ele está no subúrbio, mas é o VLT para toda
Salvador. Todo morador de Salvador tem o VLT como uma obra sua, como parte da
sua mobilidade, do seu transporte, até porque ele não vai rodar exclusivamente
naquela região. Ele vai se integrar ao modal do metrô e vai colocar como
possibilidade alguém sair da orla de Tubarão, de Paripe, de Periperi, e chegar
até a orla Atlântica, aqui em Piatã. Se quiser pegar um voo, sai de lá,
entronca aqui na estação (do metrô) Bairro da Paz e vai para o aeroporto.
Então, vai conectar a cidade como nós nunca tínhamos visto na nossa história”.
Robinson Almeida cobrou da
Prefeitura de Salvador um esforço para que as linhas de ônibus possam
levar a população que mora nos bairros até as estações. Lembrou ainda que o
governador manteve congelada a tarifa do metrô, entendendo, como ele mesmo disse,
“que a população de Salvador não tem condições de ter aumentos consecutivos,
como são dados pela prefeitura municipal no sistema ineficiente de ônibus”.
