Prefeitura de Itabuna é condenada pela justiça por crime ambiental devido a proliferação das baronesas
Devido à proliferação das
baronesas, a 2ª Vara da Fazenda Pública de Itabuna condenou a prefeitura e o
Governo do Estado, por meio da Companhia de Engenharia Rural Hídrica e de
Saneamento da Bahia (Cerb), a uma multa de R$ 100 mil cada, destinada à recuperação
da Bacia do Rio Cachoeira, conforme plano a ser elaborado por órgãos
ambientais. A decisão, do juiz Júlio Gonçalves da Silva Júnior, atendeu a uma
ação do Instituto Nossa Ilhéus e do Grupo Amigos da Praia.
A sentença determina que a
prefeitura deve se abster de usar retroescavadeiras ou equipamentos semelhantes
para manipular as baronesas ao redor das pontes do São Caetano e Marabá, sem
licenciamento ambiental. Além disso, a administração local precisa implementar,
em até 90 dias, um plano de manejo para a remoção e destinação adequada das
plantas.
As baronesas devem ser
separadas dos resíduos sólidos inorgânicos, com esses últimos sendo levados
para reciclagem. Enquanto o plano definitivo não estiver em vigor, a prefeitura
deverá realizar um manejo emergencial das plantas acumuladas, utilizando métodos
mecânicos ou manuais para sua remoção.
O juiz também determinou
um prazo de 180 dias para ações do Estado, focadas no Plano Estratégico de
Revitalização da Bacia do Rio Cachoeira, que visa o controle da poluição
hídrica. Essa iniciativa, segundo o magistrado, existe desde 2017, mas não foi
efetivada.
Adicionalmente, o governo
baiano deve exercer efetivamente o poder de polícia ambiental e fiscalizar o
lançamento de efluentes nos cursos d’água da Bacia do Rio Cachoeira. O Plano
Integrado de Gestão de Macrófitas Aquáticas deverá ser elaborado em 120 dias,
envolvendo ações coordenadas para prevenção, controle e manejo das baronesas.
