“Operação Internal Cleaning”: servidores públicos denunciados pelo MPBA têm condenação mantida pelo Tribunal de Justiça da Bahia
Servidores públicos
denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia por envolvimento em
organização criminosa estruturada dentro de unidades policiais nos municípios
de Remanso e Pilão Arcado tiveram decisão de condenação mantida, à unanimidade,
pela Segunda Turma da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.Os
servidores públicos e particulares integrantes do grupo foram alvo de
investigações conjuntas realizadas pelo Grupo de Combate às Organizações
Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), no âmbito da “Operação Internal Cleaning”, com a
Corregedoria da Polícia Civil da Bahia.
A atuação do MPBA, por
meio do Gaeco, resultou na responsabilização penal dos envolvidos e na perda
dos cargos públicos de diversos réus. Com o recurso do Ministério Público
acatado pela Corte do TJ, as penas impostas aos denunciados foram aumentadas.
Identificado como líder do grupo, o delegado de Polícia Rogério Sá Medrado, que
perdeu o cargo com a sentença inicial, foi condenado a mais de 50 anos de
prisão. Além dele, foram condenados Cristóvão Francisco Gomes Ribeiro, William
de Castro Baião, Marcílio José Brandão dos Santos, Luciano Eduardo de Souza,
Enyo Barbosa dos Santos, Caique da Silva Reis, José Eildo Sobral Pereira e
Amilton Borges Lopes.
Todos os recursos
apresentados pela defesa dos réus foram desprovidos pelo TJBA, na sessão
ocorrida no dia 8 de maio de 2025. O Gaeco identificou entre os crimes
praticados pelos integrantes do grupo a formação de organização criminosa,
tráfico de drogas, peculato, extorsão, comércio ilegal de armas, falsidade
ideológica, concussão e usurpação de função pública.
