Programa Bahia Sem Fome recebe da PMBA quatro toneladas de alimentos arrecadados na Micareta de Feira
 
 
                                O Programa Bahia Sem Fome recebeu
quatro toneladas de alimentos arrecadados pela Polícia Militar da Bahia (PMBA),
durante a Micareta de Feira de Santana 2025. A entrega oficial foi realizada
neste domingo (4), ao Movimento de Organização Comunitária (MOC), localizado no
bairro Cruzeiro. A ação incluiu a entrega simbólica de uma cesta básica a uma
família da região.
Viúva e mãe de três crianças, de 10, 11 e 15 anos, Larissa
Nascimento dos Santos, 32, foi uma das 350 pessoas beneficiadas pela
iniciativa. A autônoma lembrou com lágrimas nos olhos, um dos momentos mais
difíceis que enfrentou, quando não tinha dinheiro para comprar comida e
alimentar os filhos.
“Moro com minha mãe em uma casa alugada e ela tem
problemas de saúde. A única renda que temos é da aposentadoria dela e dos bicos
que faço como faxineira. Por muitas vezes, os meus filhos pediam pão e eu não
tinha dinheiro para comprar. Passar fome dói. A chegada desse projeto melhorou
muito a nossa vida. Hoje vim receber a minha cesta básica. Agora estou mais
tranquila”, contou.
Durante a Micareta de Feira de Santana, a PMBA recebeu o
apoio do Bloco Polimania, cujos integrantes são policiais militares e seus
dependentes. “Utilizamos esse momento de alegria da festa, que também é
oferecido para a nossa tropa, para arrecadar dois quilos de alimentos por
pessoa. Com muita felicidade conseguimos essas quatro toneladas, que significam
muito para quem precisa. É um gesto de amor e carinho com o próximo”, contou o
comandante regional de Feira de Santana, tenente-coronel PM Michel Miller.
Também participaram da campanha policiais civis, rodoviários federais e penais,
além de agentes da guarda municipal e do corpo de bombeiros.
A doação faz parte de um esforço conjunto do Governo do
Estado para ampliar a garantia do direito à alimentação adequada para famílias
em situação de vulnerabilidade, reforçando o compromisso com a responsabilidade
social. ”A PM atua nos 417 municípios para melhorar as condições dessas pessoas
que estão necessitando de alimentos, de mãos dadas com o programa. Feira de
Santana é um exemplo claro disso, onde no ano passado fizemos essa mesma ação e
arrecadamos toneladas de alimentos. Segurança pública não é só colocar polícia
nas ruas, mas participar ativamente dessas ações do governo para melhorar a
vida das pessoas”, enfatizou o subcomandante-geral da PM, coronel Antônio
Lopes.
Comida
no Prato
Para o coordenador-geral do programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, o apoio da
PM na arrecadação, durante um evento tão popular, mostra o quanto a sociedade
pode se mobilizar em torno da solidariedade e do combate à fome. “Essa ação se
soma a um dos nossos projetos estratégicos que é o ‘Comida no Prato’. Através
das cozinhas comunitárias solidárias, estamos assegurando a alimentação para 50
mil famílias em vários municípios baianos, que tem uma concentração maior de
pessoas em situação de insegurança alimentar. Aqui em Feira de Santana, são 17
cozinhas destas, onde ofertamos aproximadamente 3,4 mil refeições por dia. E
através das organizações contratadas, selecionadas através de edital, elas
estão identificando as famílias, através de busca ativa”, afirmou.
Os alimentos doados foram levados para o MOC — uma
organização não-governamental com 57 anos de existência, com sede em Feira de
Santana — para serem organizados em cestas básicas e encaminhados para as
famílias cadastradas no projeto “Comida no Prato”.
A coordenadora-geral do MOC, Célia Firmo, destacou a
importância da articulação com o programa estadual, em diferentes esferas.
”Primeiro, no controle social, através do Conselho de Segurança Alimentar.
Estamos atuando também na assistência técnica e extensão rural, assessorando
famílias rurais na produção de alimentos. Na ação de hoje, apoiamos as
organizações comunitárias, como associações e cooperativas de mulheres, para
processar alimentos e, a partir deles, doar quentinhas e cestas básicas às
famílias que vivem em situação de fome”, explicou.
 
                 
 
                     
