Novo golpe disfarçado de “joguinho” no celular roubar dinheiro através do pix
 
 
                                Um novo golpe digital tem preocupado especialistas em segurança
cibernética: aplicativos
disfarçados de joguinhos para celular estão sendo usados para instalar vírus
que roubam dinheiro diretamente de contas bancárias. A fraude é
uma evolução do golpe conhecido como “Mão Fantasma” e
foi identificada por analistas da Kaspersky no Brasil.
Segundo a
empresa, o trojan
bancário é escondido dentro de apps que prometem prêmios aos
usuários. Esses aplicativos não estão disponíveis em lojas
oficiais, como a Google Play Store, e circulam por meios
alternativos — o que dificulta sua identificação imediata como ameaças.
Como funciona o golpe
Após instalar
o app malicioso, a vítima é induzida a conceder permissões de
acessibilidade, recurso do sistema Android criado para auxiliar
pessoas com deficiência. Com essa autorização, o vírus passa a controlar o
celular da vítima, inclusive à distância.
Mesmo com o celular “desligado”, o malware pode operar em segundo plano. Se o usuário abrir o aplicativo do banco e tentar fazer
uma transferência via Pix, o vírus entra em ação: interrompe o processo, altera o
valor e redireciona o destinatário, sem que o usuário perceba.
“O malware
ATS bloqueia a tela no momento em que a vítima acredita que a transferência
está sendo processada. Nesse intervalo, o vírus altera os dados da operação.
Quando a tela volta e o usuário insere a senha, o golpe já foi concluído”,
explica Fabio Marenghi, da Kaspersky.
Golpe automatizado amplia alcance dos
criminosos
Diferente da
Mão Fantasma tradicional — em que o criminoso realiza as fraudes manualmente —,
essa nova versão permite que o vírus faça todo o trabalho de
forma automatizada, aumentando o número de vítimas. “Com o
golpe automatizado, o criminoso pode focar apenas na infecção de novos alvos,
enquanto o vírus atua 24 horas por dia”, afirma Marenghi.
Como se proteger do golpe
Os
especialistas da Kaspersky listam quatro medidas essenciais para evitar ser
vítima:
1.   
Baixe aplicativos
apenas de lojas oficiais
Evite apps de sites desconhecidos. Embora apps maliciosos possam aparecer em
lojas oficiais, a detecção e remoção por essas plataformas é mais eficaz.
2.   
Nunca conceda
permissão de acessibilidade a apps comuns
Esse tipo de permissão só deve ser dado se houver real necessidade, como em
casos de deficiência física. Se um jogo ou app comum pedir essa autorização,
desconfie.
3.   
Ative a
autenticação em dois fatores (2FA)
Esse recurso oferece uma camada extra de proteção em contas bancárias e
aplicativos sensíveis.
4.   
Instale um
antivírus confiável no celular
Soluções de segurança impedem o acesso a sites falsos e bloqueiam a instalação
de trojans bancários. O celular deve ser protegido da mesma forma que um
computador
 
                 
 
                     
